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Entrevista com Paulo Beto – homenagem

Entrevista com Paulo Beto – homenagem

Paulo Beto, faleceu aos 52 anos em 19 de janeiro de 2019. Era um dos nomes mais conhecidos nas rádios FMs do Rio. Última emissora que trabalhou foi  a Rádio Mania. A  entrevista abaixo foi realizada em 2011 para a extinta Rádio em Revista, publicação da Escola de Rádio.

Locutor de rádio desde 1983, trabalhou nas principais rádios FM do Rio de Janeiro.

Hoje na locução da Beat98 (de 2a a 6a das 14 às 16h, no comando do Big Mix com DJ Malboro das 16 às 18h, da Via-Show Digital das 18h às 19h, do Big Galerão com DJ Marlboro e Dennis DJ aos sábados das 16h às 18h) e narrando futebol na Rádio Mania sempre aos domingos pelo Brasileiro 2011, além de ser voz padrão dos comerciais de rádio e tv do supermercado Extra.

RR: Qual seu percurso profissional até a BEAT98. 

PB: Comecei na Rádio Tropical FM com Armando Campos, onde trabalhei de 1983 a 1984, indo para a Rádio Jovem Rio FM (1984/1985), mas logo depois fui convidado a trabalhar na Rádio Transamérica FM (1985/1988), depois Rádio Cidade FM (1988/1991), em seguida Rádios Universidade FM e Manchete FM simultâneas (1991/1994), depois RPC FM (1994/1997), Jovem Pan FM (1997/2000), Mania FM (2000/2001), Jovem Pan e Paradiso FM simultâneas (2001/2005), 98 FM/BEAT98 FM (2005 até hoje) e Futebol Mania FM (2011). Dei aula de locução na Estácio de Sá (Campus Rio Comprido) de 1991 a 1994 e ainda tive tempo de ser um dos fundadores e professores da Escola de Rádio, entre 1994 e 1995, junto com o Ruy Jobim.

RR: Você sempre quis ser locutor ou existiam outras opções ? 

PB: Na verdade meu sonho era ser jogador de futebol. Eu queria jogar no Fluminense, meu time de coração. Era muito difícil, muito fechado e eu acabei desistindo. Como eu acompanhava muito futebol pelo rádio, quis ser narrador esportivo, coisa que se estou fazendo agora, pois na época fui conhecer os estádios da Rádio Cidade FM onde conheci o mestre Fernando Mansur e em seguida comecei a fazer testes em rádios Fm, começando a trabalhar em locução 1 ano depois.

RR: Existe alguém que motivou você a optar pela profissão de locutor ? 

PB: Na escola, no curso de inglês, as pessoas sempre pediam pra eu ler os textos em voz alta, gostavam da minha voz, mas eu mesmo não percebia nada demais. Os professores sempre falavam que eu poderia seguir essa carreira. Na verdade eu nunca tinha pensado nisso até me apaixonar pelo rádio.

RR: Qual um momento inesquecível da sua carreira ? 

PB: Caramba, nessa trajetória toda forma muitos momentos especiais em várias rádios e por vários motivos, mas o mais inesquecível de tudo são os amigos que tenho até hoje e que conheci através do meu trabalho. E eles sabem quem são, sabem que não esqueço deles nunca…

RR: Você tem algum arrependimento ? 

PB: Nunca se arrependa de nada que fez, apenas se arrependa do que não fez…

RR: O que você faz em suas horas vagas fora do ar? 

PB: Tenho pouco tempo livre, mas curto muito meus filhos Maria Eduarda e Pietro que são pequenos ainda e adoro virar criança junto com eles.

RR: Qual lugar do Rio você adora estar? 

PB: Em casa, Niterói.

RR: Quais são seus filmes preferidos? 

PB: Eu amo cinema e tenho filmes preferidos sempre, curti muito ‘Saturday Night Fever’, ‘Sid & Nancy’, ‘Laranja Mecânica’, ‘O Quatrilho’, ‘Central do Brasil’, ‘Tropa de Elite’, ‘Batman Begins’, ‘Batman The Dark Knight’, ‘Henry & June’, ‘Doce Novembro’, ‘Faça A Coisa Certa’, ‘Seven’, ‘Kill Bill’, ‘Onde Os Fracos Não Tem Vez’, ‘Beleza Americana’, ‘A Rede Social’, ‘Pulp Fiction’…

RR: Hoje você tem um nome ligado ao funk, esse é seu estilo musical favorito ? Quais são seus cantores e bandas preferidos? 

PB: Na verdade eu trabalho com o pessoal do funk desde o meu início no rádio em 1983. Lá na Rádio Tropical FM, minha primeira rádio, trabalhei com o DJ Marlboro, na época também começando a carreira. Conheço quase todos os DJ’s de todos os ritmos musicais. Já fui mais roqueiro, mas há alguns anos descobri que ‘o rock errou’ (como cantou Lobão, ahauhauha) e abri mais meu leque musical. Hoje em dia curto muito hip-hop, R&B, jazz e samba, como bom brasileiro. O funk é divertido e muitas vezes provocante e interessante, socialmente falando. Também acho legal e curto.

RR: Motivo de orgulho ? 

PB: Tenho orgulho dos amigos que fiz e faço, da minha conduta profissional ter me trazido até aqui com respeito dos que já estavam quando eu cheguei, dos que estão ainda e dos que estão chegando agora.

RR: Atualmente no rádio carioca, quais comunicadores você admira? 

PB: Ah, tem muita gente boa no ar, seria injusto citar só alguns, até pq tem muita gente boa em estilos diferentes, fazendo trabalhos que não podem ser comparados entre si.

RR: O que você poderia dizer para aquela pessoa que sonha em ser locutor como você. 

PB: Não desista, estude, não desista, aproveite as oportunidades, não desista, faça Escola de Rádio, não desista, acredite, não desista!!!

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