
Eládio Sandoval é um nome que ecoa com força na história do rádio brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro. Sua trajetória é marcada por inovação, irreverência e uma paixão contagiante pela comunicação, elementos que o transformaram em um verdadeiro ícone do rádio FM.
A Revolução na Rádio Cidade
Em 1º de maio de 1977, Sandoval integrou a equipe que deu vida à lendária Rádio Cidade FM (102,9 MHz), um marco na história do rádio brasileiro. Ao lado de Romilson Luiz, Fernando Mansur, Jaguar e Ivan Romero, ele protagonizou uma verdadeira revolução, adotando uma linguagem jovem, dinâmica e descontraída, que rompeu com os padrões formais das rádios AM. O sucesso foi imediato e estrondoso, e o estilo inovador da emissora se tornou referência para as futuras gerações do rádio.
Uma Parceria de Sucesso e Hits Memoráveis
Na Rádio Cidade, Sandoval destacou-se com programas interativos e bem-humorados, que conquistaram o público carioca. Sua parceria com Romilson Luiz rendeu momentos memoráveis, com quadros criativos e músicas temáticas que envolviam toda a equipe da emissora.
Em 1981, a dupla migrou para a Antena 1 FM (103,7 MHz), onde continuaram a inovar. Um dos pontos altos dessa fase foi a criação da paródia musical "Eu Hoje Vou Me Dar Bem", sob os pseudônimos Piu Piu Lennon e Valdemar McCartney. A canção se tornou um fenômeno, a segunda mais tocada no Brasil em 1982, e rendeu um Disco de Platina.
Além do Rádio: A Tela da TV
A versatilidade de Sandoval o levou também à televisão, onde apresentou o programa "BB Vídeo Clip" na TV Record. Com seu carisma e estilo único, ele contribuiu para a popularização dos videoclipes no Brasil.
Um Legado Vivo e Inspirador
Eládio Sandoval não apenas marcou a história do rádio, mas também influenciou toda uma geração de locutores e comunicadores. Sua criatividade, ousadia e paixão pela comunicação abriram caminhos para o rádio FM moderno. Ele segue sendo um exemplo de como a inovação e a paixão podem transformar uma indústria, deixando marcas inesquecíveis nos ouvintes. Próxima semana tem mais "O Rádio que não vivi".
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