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Preta Gil: voz, coragem e legado que seguem inspirando a comunicação brasileira

© Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Preta Maria Gadelha Gil Moreira, a Preta Gil, partiu no último domingo, 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova Iorque, onde buscava tratamento para o câncer no intestino que enfrentava desde 2023. 

Filha de Gilberto Gil, ela sempre extrapolou o rótulo de “cantora”. Foi apresentadora, atriz, empresária (cofundadora da agência Mynd), criadora do bloco carnavalesco “Bloco da Preta” e presença constante em rádio, TV e plataformas digitais. Nesse percurso, transformou cada microfone em trincheira de representatividade: celebrou corpos reais, combateu racismo, levantou a bandeira LGBTQIAPN+ e mostrou que comunicar é também existir com autenticidade.

Para quem trabalha com voz, mídia e influência, Preta deixa lições preciosas:

  • Ocupar espaços – ela foi pioneira em se assumir publicamente “fora do padrão” e, ainda assim, protagonizar grandes campanhas e programas.

  • Usar a vulnerabilidade como ponte – falava abertamente sobre saúde, afetos e preconceitos, aproximando público e marcas com verdade.

  • Negócio com propósito – na Mynd, profissionalizou o mercado de influenciadores, priorizando diversidade e fair play.

  • Carnaval como mídia – seu bloco virou case de branding, prova de que rua, rádio e redes podem andar juntos.

Despedida aberta ao público

O velório de Preta Gil será na sexta‑feira, 25 de julho, das 9h às 13h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com cerimônia aberta ao público. A cremação ocorrerá em seguida, a pedido da própria artista. Metrópoles

A data carrega simbolismo: 25 de julho é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, reforçando o elo de Preta com a luta e o protagonismo das mulheres pretas no Brasil. Metrópoles

Por que precisamos de mais “Pretas”

A presença de vozes como a de Preta Gil:

  • Renova o repertório da mídia, mostrando que histórias plurais atraem audiência e anunciante.

  • Expande referências – jovens comunicadores encontram nela um espelho possível.

  • Confronta estereótipos – seu corpo e seu discurso desafiaram padrões estéticos e morais ainda cristalizados.

Preta transformou dor em diálogo, festa em discurso e palco em plataforma de inclusão. A Escola de Rádio TV e Web se solidariza com a família, amigos e fãs, e reafirma o compromisso de manter vivo esse legado: formar comunicadores que, como ela, usem a própria voz para abrir caminhos e iluminar outras vozes.

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