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O AM para o FM estendido. Entenda.

A transição das rádios AM para o FM traz benefícios ambientais, mas também levanta desafios sociais e técnicos. Vamos analisar as principais implicações dessa mudança, incluindo questões econômicas, geográficas e de acesso à comunicação.


Benefícios Ambientais

Os transmissores AM consomem muita energia, resultando em custos altos para grandes estações. Em áreas remotas, o uso de geradores de óleo agrava o impacto ambiental. A mudança para FM, que é mais eficiente, alivia parte desse problema em um país cuja matriz energética é predominantemente limpa.


O Risco do “Apagão Comunicacional”

A migração para FM pode levar a um “apagão comunicacional” em regiões como o Norte do Brasil, onde o alcance das rádios AM é essencial. Com biomas como a Floresta Amazônica, a cobertura limitada da FM pode deixar comunidades isoladas.


O “Deserto de Notícias” no Brasil

Mais de 30 milhões de brasileiros vivem em áreas sem acesso a informações de massa. A migração para FM pode agravar esse cenário, deixando algumas localidades ainda mais desconectadas.


Desafios em Áreas Urbanas

Nos grandes centros, a recepção de rádios AM é prejudicada por interferências tecnológicas e urbanas. A digitalização e a qualidade superior de outros meios de comunicação tornam o FM uma alternativa mais atraente.


O Processo de Migração

Antes mesmo da oficialização pelo Ministério das Comunicações em 2013, grandes empresas anteciparam a migração. No entanto, a transição derrotou barreiras económicas e conflitos com o sector de telefonia.


Dificuldades Econômicas

Embora a FM tenha melhor qualidade sonora, muitas emissoras, principalmente em cidades pequenas, enfrentam dificuldades financeiras para realizar uma transição. A linha de crédito prometida pelo BNDES, por exemplo, ainda não foi efetivada.


Desafios Técnicos e Operacionais

A operação de rádios FM é mais simples, com antenas menores e a possibilidade de automação. Já as rádios AM desabilitam terrenos amplos para a instalação de suas antenas, o que eleva os custos de manutenção.


Adoção do FM Estendido

Apesar da legislação, muitos dispositivos ainda não suportam o FM estendido. Carros e celulares modernos frequentemente omitem essa funcionalidade, dificultando o acesso. É necessário pressionar os fabricantes para garantir a inclusão dessa tecnologia.


A conclusão da migração para o FM precisa ser configurada de forma a garantir que todos tenham acesso à informação. O futuro da sintonia deve ser inclusivo e sustentável.


Baseado em artigo de Luiz André Ferreira.

Atualização pesquisada por Escola de Rádio em Nov/24: A migração das rádios AM para a faixa FM no Brasil continua em ritmo acelerado, com o objetivo de melhorar a qualidade de transmissão e acompanhar as inovações tecnológicas do setor. Esse processo foi iniciado oficialmente em 2013, por meio do decreto presidencial nº 8.139, que definiu as diretrizes para a transição.


Benefícios da Migração

A mudança traz melhorias significativas, como a eliminação das interferências comuns no AM, melhor qualidade sonora e maior atratividade para o público e anunciantes. Além disso, o FM consome menos energia, contribuindo para a sustentabilidade das emissoras.


A Faixa FM Estendida

Para acomodar as rádios AM, principalmente nos grandes centros urbanos onde a espectro tradicional da FM está saturada, foi criada a Faixa FM Estendida (eFM), que opera entre 76,1 MHz e 87,3 MHz. Essa faixa, anteriormente ocupada por canais de TV analógica, permite que mais rádios façam a transição sem sobrecarregar as frequências já existentes.


Situação Atual

Até o final de 2023, mais de 1.180 emissoras concluíram a migração para a faixa FM. Entretanto, centenas de pedidos ainda estão em análise ou aguardados pelo Ministério das Comunicações. Aquelas que não realizaram uma migração diversificada como rádios AM regionais, mas com ajustes em suas operações.


Desafios e Próximos Passos

Apesar dos avanços, a migração enfrenta desafios, como a falta de suporte em dispositivos modernos, como carros e celulares, que muitas vezes não incluem a faixa FM seguida. Além disso, alguns emissores, especialmente em cidades menores, enfrentam dificuldades financeiras para adaptar suas estruturas.


Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que visa facilitar esse processo e garantir o sucesso da migração, fortalecendo o setor de radiodifusão frente às novas mídias digitais.


Conclusão A migração do AM para o FM representa um marco importante na modernização das rádios brasileiras, promovendo inovação e acessibilidade. No entanto, a colaboração entre o governo, emissores e fabricantes de dispositivos será essencial para que a transição beneficie plenamente os ouvintes em todo o país.

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