Em apoio a Neil Young, artistas conhecidos internacionalmente também decidiram boicotar o Spotify recentemente. Os veteranos do mundo da música Joni Mitchell e Nils Lofgren, junto com a escritora Brené Brown decidiram tirar suas criações do serviço de streaming até a implementação de políticas mais rígidas contra desinformação.
“Decidi remover todas as minhas músicas do Spotify”, disse a cantora Joni Mitchell. “Pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que custam a vida dos outros. Sou solidária com Neil Young e com as comunidades científicas e médicas nesta questão”, finalizou em posicionamento.
A postura do guitarrista Lofgren, da banda E Street Band, foi semelhante à de Mitchell. “Encorajamos os músicos, os artistas e os amantes da música de todo lugar a se juntarem a nós e cortar laços com o Spotify”, disse o artista em blog pessoal. “[O boicote] é uma ação poderosa que todos vocês podem tomar agora, para honrar a verdade, a humanidade e os heróis que arriscam suas vidas para salvar as nossas”, complementou.Seguindo o mesmo caminho, a podcaster Brené Brown também suspendeu a atividade na plataforma “até segunda ordem”. A escritora apresentava os programas Unlocking Us e Dare to Lead no Spotify.
Os músicos David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash se juntaram ao boicote, e vão retirar suas obras do serviço de streaming. O trio, que já passou por brigas e até formou quarteto com Young no passado, confirmou a decisão em uma nota nas redes sociais de Crosby nesta quarta (2).
“Apoiamos Neil e concordamos com ele que há desinformação perigosa sendo transmitida no podcast de Joe Rogan no Spotify. Ainda que sempre valorizemos pontos de vista diferentes, espalhar desinformação sabendo disso durante esta pandemia global tem consequências mortais”, aponta o texto.
“Até que ações de verdade sejam tomadas para mostrar que a preocupação com a humanidade deve ser equilibrada com os negócios, não queremos que nossa música –ou a música que fizemos juntos– esteja na mesma plataforma”, conclui.
A decisão marca um novo capítulo nesta história que rola desce o começo de janeiro, quando um grupo de cientistas se posicionou contra o podcast “The Joe Rogan Experience”, que, entre outras polêmicas, no final de 2021 trouxe uma entrevista com o médico Robert Malone, reconhecido por suas opiniões antivacina.
Foi quando, para demonstrar sua indignação, Young demonstrou sua indignação e pediu que a plataforma sueca escolhesse entre ele e Rogan. E apesar do Spotify dizer que já removeu mais de 20 mil programas com fake news sobre Covid e ter anunciado novas medidas sobre desinformação, tem um contrato de exclusividade de US$ 100 milhões com o programa.
O episódio em debate continua no ar, apesar de já ter sido banido de plataformas como o YouTube.
Fonte: UOL, O Tempo
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