Zé Celso foi um dos maiores nomes do teatro brasileiro, fundador do Teatro Oficina e criador de espetáculos que marcaram a história da dramaturgia nacional. Sua morte, deixa um vazio na cena cultural do país e uma saudade imensa em seus admiradores.
Começou sua carreira nos anos 1950, como ator e diretor do Teatro Arena, onde participou de montagens históricas como “Eles não usam black-tie” e “Arena conta Zumbi”. Em 1958, fundou o Teatro Oficina, que se tornou um espaço de experimentação artística e resistência política durante a ditadura militar. No Oficina, Ze Celso dirigiu obras-primas como “O rei da vela”, “Roda viva”, “Os sertões” e “Bacantes”.
Artista inovador, transgressor e provocador, que sempre buscou romper as barreiras entre o palco e a plateia, entre a arte e a vida, entre o sagrado e o profano. Sua obra foi influenciada por autores como Oswald de Andrade, Bertolt Brecht, Antonin Artaud e Eurípides, mas também pela cultura popular brasileira, pelo candomblé, pelo tropicalismo e pelo movimento hippie.
Zé Celso foi um defensor da liberdade de expressão, da diversidade cultural e da democracia. Ele enfrentou a censura, a repressão e as tentativas de despejo do Teatro Oficina, que ele considerava sua casa e seu templo. Ele também se envolveu em causas sociais e ambientais, como a luta pela preservação do Bixiga, bairro onde fica o Oficina, e pela demarcação das terras indígenas.
Zé Celso foi um ícone da cultura brasileira que nos deixou um legado imenso de arte, criatividade e rebeldia. Sua morte é uma perda irreparável para o teatro, para a cultura e para o Brasil. Mas sua obra permanece viva e atual, inspirando novas gerações de artistas e espectadores.
Zé Celso vive!
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