Uma voz poderosa. Uma referência para as gerações seguintes. Dalva de Oliveira cantou, encantou e fez história na música popular brasileira como a Rainha do Rádio e o “Rouxinol do Brasil”. Mas seu reinado chegou ao fim em 30 de agosto de 1972 com um câncer no esôfago, consequência de anos de abuso do álcool. A cantora morreu aos 55 anos.
Nascida em 1917 como Vicentina de Paula Oliveira, em Rio Claro, São Paulo, a artista herdou a música do pai, conhecido como Mário Carioca. Um marceneiro que tocava clarinete em serenatas e em festas. Mas a convivência durou pouco, já que ele faleceu quando ela tinha apenas oito anos.
Parte da sua formação musical teve início em um internato onde pôde aprender piano, órgão e canto. Quando começou a fazer pequenas apresentações na capital paulista, a menina Vicentina adotou o nome artístico de “Dalva”, que foi sugestão da própria mãe. E também foi com o apoio materno que a carreira deslanchou com a mudança da família para o Rio de Janeiro.
Na década de 1930, ao lado do marido Herivelto Martins e de Nilo Chagas, fez sucesso com o Trio de Ouro. Com o fim do casamento nos anos 40, veio a carreira solo. Em 1952, Dalva foi eleita e coroada Rainha do Rádio. Gravou o último disco em 1970. Entre seus maiores sucessos, estão as canções Bandeira Branca e Estrela do mar.
Na vida pessoal, casou-se por três vezes. Teve dois filhos e adotou uma menina. E, foi ao lado deles, que se despediu dessa vida. Em 1972, quando deu entrada na casa de saúde Arnaldo de Morais, em Copacabana, três dias antes da sua morte, Dalva de Oliveira disse a uma amiga que, no seu velório, queria ser vestida e maquiada como o povo costumava vê-la.
Fonte: Agência Brasil
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