É com carinho que hoje lembramos de Glorinha Beuttenmüller, uma das fonoaudiólogas mais influentes do Brasil, que nos deixou aos 98 anos. Seu legado é inegável: ela moldou as vozes de jornalistas e atores, fazendo com que suas palavras se tornassem portadoras de emoções e histórias inesquecíveis.
Desde cedo, Glorinha era fascinada pela voz humana e seu poder de comunicação. Seu trabalho começou na década de 1960, quando ela desenvolveu uma abordagem única de terapia da fala, tratando a palavra como uma forma de arte sonora.
Ao longo de sua vida, ela ajudou mais de mil atores e atrizes a aperfeiçoarem suas habilidades vocais, preparando-os para brilharem no palco e na tela. Sua passagem pela Rede Globo, a partir de 1974, foi marcada por quase 20 anos de dedicação, durante os quais ela aperfeiçoou as vozes de jornalistas como William Bonner, Fátima Bernardes e Paulo Henrique Amorim.
Glorinha também teve um papel importante no teatro, trabalhando com grandes nomes como Irene Ravache e Fernanda Montenegro, entre muitos outros. Sua influência se estendeu às escolas de teatro, onde seu método de trabalho é amplamente adotado e apreciado.
O legado de Glorinha Beuttenmüller é mais do que uma técnica vocal. Ela ensinou profissionais a usar suas vozes para expressar sentimentos, criar conexões e tocar as vidas de quem os ouve. Sua abordagem sensível e criativa permitiu que muitos se tornassem comunicadores excepcionais.
Glorinha será sempre lembrada com carinho como uma mentora generosa, uma maestra da voz que transformou não apenas vozes, mas também corações.
Sua partida deixa uma lacuna, mas seu impacto continuará a inspirar as futuras gerações de comunicadores e artistas.