O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), responsável pela regulamentação da publicidade no Brasil, abriu uma investigação ética contra a campanha “VM Brasil 70: O novo veio de novo” da Volkswagen.

O órgão está examinando o uso de uma imagem recriada por inteligência artificial da cantora Elis Regina, que faleceu em 1982.O Conar recebeu reclamações de consumidores questionando a ética do uso de ferramentas tecnológicas e inteligência artificial para ressuscitar uma pessoa falecida.
O comercial gerou muitos comentários nas redes sociais e provocou debates sobre os limites éticos da tecnologia.
O comunicado do Conar afirma: “Eles questionam se é ético ou não o uso de ferramenta tecnológica e inteligência artificial para trazer pessoa falecida de volta à vida como realizada na campanha, a ser examinada à luz do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, em particular os princípios de respeitabilidade, no caso o respeito à personalidade e existência da artista, e veracidade.
Conheça a propaganda
“No anúncio, que comemora os 70 anos da marca Volkswagen, Elis Regina e sua filha, a cantora Maria Rita, são colocadas lado a lado usando uma tecnologia chamada “deep fake”.
São fornecidas várias amostras de fotos e vídeos da cantora e com isso você treina a IA para identificar os principais aspectos do rosto de Elis – como a forma como a boca dela se move ao cantar e os seus traços, por exemplo – para que, depois, a ferramenta consiga recriá-lo. Depois, é preciso ceder uma base para a IA estruturar a sua criação. No caso desse comercial, foi utilizado o rosto da dublê. A inteligência artificial identifica, então, os pontos da face da atriz para dispor a de Elis por cima.
O uso da inteligência artificial para recriar Elis tem gerado debates nas redes sociais ao longo da semana.
Enquanto alguns internautas se emocionaram com a propaganda, outros acharam estranho a ideia de trazer de volta à vida uma artista falecida. Elis Regina morreu em 1982 e aparece no comercial dirigindo ao lado de Maria Rita, que tem 45 anos.
E aí, qual a sua opinião sobre o uso da IA numa situação como essa?
Fonte: TechTudo
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